terça-feira, julho 26, 2011

Presos da Delegacia Policia Civil de Araucária fazem rebelião e mantêm refém por 4 horas na noite de sexta-feira





Teve inicio uma rebelião na Delegacia de Araucária por volta das 21h da noite de sábado (23), e movimentou as polícias Militar, Guarda Municipal de Araucária e COPE.
As negociações entre policiais e internos duraram mais de quatro horas, e segundo a polícia o clima ficou pesado em vários momentos das negociações. Os presos tinham como objetivo pedir melhorias nas carceragens e agilidade nos processos. Há superlotação no local, cerca de 81 presos dividem o espaço que deveria abrigar no máximo 16 pessoas. Um dos detentos foi mantido como refém e foi espancado pelos demais, o mesmo foi amarrado a um colchão e ameaçado o tempo todo de ser executado em caso de invasão dos policiais do COPE.
Familiares foram para frente a Delegacia,após serem avisados pelos rebelados
A imprensa teve acesso à carceragem a pedidos dos rebelados, e ouviu dos presos que solicitavam melhores condições na cadeia, e ameaçaram que se a polícia reagisse com violência, o refém seria morto os presos cortaram canos de água. “Nós queremos terminar isso sem agressão, queremos proteção para que não tenha represália da polícia. Queremos que a justiça agilize os nossos processos e também solicitamos uma melhor manutenção na cadeia”, relataram os detentos..
Depois de mais de quatro horas de negociação, a rebelião terminou. O detento feito de refém ficou ferido e precisou ser medicado. Os outros presos foram retirados da carceragem para uma revista geral nas celas, ninguém conseguiu fugir do local alguns estoques (facas improvisadas) foram encontrados com os presos.
A ação só foi bem sucedida pelo empenho do delegado Dr.Davison e policiais do COPE que conduziram a contenção da rebelião .
Do lado de fora da Delegacia, cerca de 20 mulheres, familiares de presos, pediam informações e até mesmo tentavam invadir a delegacia de Araucária. Alguns familiares que não se identificaram estavam revoltados com as condições das carceragens. “Não tem condição, esse lugar é uma sujeira, as celas estão superlotadas, a comida é muito ruim. Eles não deixam a gente levar a comida de casa pra eles”, contou familiares dos detentos
Fotos e video: Marcos Chaneski/ Lobão
Texto: Lobão